segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DE UMA COISA SABEMOS...

Planeta Terra...


"DE UMA COISA SABEMOS...

A Terra não pertence ao homem...
É o homem que pertence à Terra, disso temos certeza.

Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família.

Tudo está relacionado entre si.
Tudo quanto agride a terra, agride aos filhos da Terra.

Não foi o homem quem teceu a trama da vida:
ele é meramente um fio da mesma.
Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará..."
(Cacique Seattle)

Dream Catcher


Ao concluir mais um ano com o trecho acima
da bem conhecida "Carta"do Cacique Seattle,

Desejamos a todos
 um Feliz Natal e um Bom 2014
com muita vida, sonhos, realizações e projetos de vida...

E que, como um fio que somos da trama da vida,
possamos continuar  tecendo...

Tudo de bom a Todos
e ao Planeta Terra, nossa sagrada nau...










Rosanna Pavesi/Dezembro 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

AS DUAS FORMAS DE PENSAMENTO SEGUNDO C.G. JUNG

Sem título - autor desconhecido



AS DUAS FORMAS DE PENSAMENTO SEGUNDO C.G. JUNG

Pensamento Dirigido  e Pensamento Fantasia ou Associativo 
são termos introduzidos por Jung para descrever diferentes formas da atividade mental
 e os diferentes modos como a psique se expressa.

Pensamento Dirigido
É um pensamento com atenção dirigida
 Lógico, linguístico, intelecto, raciocínio, instrumento da cultura
 Uso consciente da linguagem e dos conceitos, do intelecto, 
da exposição científica e do senso comum. 
É um fenômeno inteiramente consciente
 Está baseado na realidade ou erigido com referência a ela.

        Finalidade:  a comunicação
Enquanto pensamos de modo dirigido, pensamos para fora, 
para outros e falamos a outros.

        Produz: adaptação, aquisições novas, imita a realidade, 
sobre a qual procura agir  (ciência, tecnologia, técnica, etc.).

        Origens: na Escolástica, origem do espírito científico moderno.


Pensamento-Fantasia, ou Associativo

É um pensamento por imagens (sonhar, fantasiar)
É “arcaico-primitivo”
É metafórico, simbólico, imaginativo, segue analogias
É dirigido por motivos inconscientes

Pode ser consciente, mas é normalmente pré-consciente ou inconsciente em seu  funcionamento
É passivo (sofremos a ação dele), fantástico, frequentemente  compensatório
É motivado, sobretudo, subjetivamente.
Não pretende estabelecer teoria alguma, só liberta tendências subjetivas.

Afasta-se da realidade. 
É improdutivo com relação à adaptação externa
Pensa por metáforas ou constelações, compondo um tema, emoções e intuições, 
onde imagem segue imagem, sensação a sensação, etc.

Na cultura antiga a fantasia era considerada como verdade legítima reconhecida por todos.
Aquilo que para nós é fantasia oculta, outrora estava exposto publicamente. 
Aquilo que para nós emerge em SONHOS e fantasias, 
antigamente era hábito consciente ou convicção geral.


   Outras Considerações 

        O pensamento-fantasia (ou “associativo”) ainda ocupa um lugar amplo 
no homem contemporâneo e sobrevêm assim que 
o pensamento dirigido cessa. 
Um enfraquecimento de interesse, um leve cansaço 
é o suficiente para anular a adaptação psicológica exata ao mundo real 
que se manifesta pelo pensamento dirigido 
e substituí-la por fantasias.

        Como sabemos, também o SONHO apresenta
 um pensamento semelhante ao pensamento-fantasia.

        Durante toda a vida, 
ao lado do pensamento dirigido  ou adaptado (recém-adquirido), 
possuímos um pensamento-fantasia 
que corresponde a estados de espírito ancestrais.

        Pelo pensamento-fantasia se faz a ligação do pensamento dirigido 
com as “camadas” mais antigas do espírito humano, 
que há muito se encontram abaixo do limiar do consciente:

"... no sono e no sonho tornamos a atravessar o pensamento da humanidade antiga..." 
(Nietzsche, citado no par. 27 do texto abaixo)
(Fonte: C.G. Jung, Símbolos de Transformação, O.C. Vol. V- Parte I – Cap.II – Par. 04-46 e/ou  p. 06-28 – Edit. Vozes, Petrópolis, RJ, 1989, 2.a edição).


      Para Jung, o pensamento dirigido e o pensamento-fantasia coexistiriam 
como duas perspectivas em separado e iguais,
 embora o último seja mais enraizado, pode-se dizer, 
nas camadas arquetípicas da psique. 

Essa postura equitativa aproxima as ideias de Jung daquilo que ora conhecemos 
sobre o funcionamento dos dois hemisférios cerebrais (esquerdo e direito)
cuja interação é básica para o funcionamento mental humano. 

        Os SONHOS podem ser considerados expressões típicas 
de pensamento de fantasia 
 embora elementos de uma perspectiva lógica também possam  aparecer nos mesmos.

        Diz-se que às vezes a interpretação (ou transcodificação) de um sonho
 introduz o pensamento dirigido; 
porém, uma apreciação mais acurada seria que 
a interpretação é realmente, ou deveria ser, 
uma combinação de pensamento dirigido e pensamento de fantasia, 
pois nela está envolvida a imaginação.

Ao falar de sonhos, 
talvez sejamos mais inclinados a utilizar o pensamento dirigido
Porém, ao falar com os sonhos,
talvez uma linguagem mais onírica, imaginal, seja mais apropriada...

Atualmente, além de falar em hemisfério direito e hemisfério esquerdo, 
fala-se também de cerébro em camadas, ou "fatias" horizontais...

Seja como for, as duas formas de pensamento citadas por Jung ainda fazem 
bastante sentido para mim,
 não importa de que hemisfério ou camada do cerébro provenham...
O mais importante, a meu ver,
é saber que precisamos de ambas, 
porém sem confundir uma com a outra...

Rosanna Pavesi/Dezembro 2013

(Nota adicional:
 Pensamento Dedutivo:  da teoria para a prática; do geral para o particular; 
parte de premissas e, destas, procura derivar conclusões práticas; 
começa com as verdades estabelecidas.
Pensamento Indutivo: empírico, experimental; da prática para a teoria; d
o individual para o geral; 
começa com os fatos e a observação e quer estabelecer padrões gerais para a mesma classe).