quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

SOBRE SONHOS... ALGUMAS CONSIDERAÇÕES...

                                                                        Fonte: WEB

SOBRE SONHOS...

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES...

"O Grande Homem"

"Os Índios Naskapi (Labrador), acreditam que todo mundo
 possui o Grande Homem dentro de si.

Eles dizem: " O grande homem se revela nos SONHOS, 
todo indivíduo possui um e consequentemente sonhos"...

Aqueles que respondem aos seus sonhos, á medida que os consideram seriamente, 
à medida que refletem sobre estes, à medida que tentam compreender seu significado em segredo
 e á medida que averiguam a sua verdade, 
podem cultivar uma comunicação mais profunda com o Grande Homem.
Então o enxergam melhor em termos de qualidade...

A próxima obrigação do indivíduo é seguir as instruções que lhe são dadas nos SONHOS 
e memorizá-las, ou dar-lhe forma, 
através de algum tipo de representação artística e/ou expressiva.

Para os Índios Naskapi os sonhos não provêm do Eu, 
mas sim do Grande Homem que cada um possui dentro de si,
pois todos se sentem Pequenos diante dele.

É o Grande Homem que dá os sonhos.
E os sonhos são a deo missa, ou seja, são sonhos que procedem dos deuses
e consequentemente são os reais indicadores do caminho da vida:
São Revelações...

Bem, nesse sentido os índios assim tão primitivos estão
inteiramente acima de nossa compreensão.

Só podem ser interpretados erroneamente pela consciência ridícula
do homem branco quando este afirma que ele é isso (es)
que ele faz seus próprios sonhos, que ele é capaz,
capaz de fabricar sonhos para si, que ele seria aquele
que tudo gera, caso contrário, nada existiria. 

Por exemplo,vamos olhar esse mandala, o mandala dividido em oito...
Nenhum desses índios jamais teria a ilusão de se tratar do Eu;
ao contrário, trata-se do mundo do Grande Homem, 
é assim que o Grande Homem se apresenta.
Ele é um símbolo..."

(C.G. Jung - Sobre Sonhos e Transformações - pp.38-40 - Vozes, 2014)

Símbolo: a melhor expressão possível de algo desconhecido,
 no fundo, talvez, de algo irrepresentável?
Algo que existe, pois se deixa entrever,
 mas que ao revelar-se, 
ao mesmo tempo também vela-se? 

Assim, como na gravura acima, 
ao olhar através da cortina do cotidiano, do conhecido,
talvez, através dos sonhos, tenhamos acesso a algo mais profundo em nos?

Desejo a todos um 2015 com sonhos, 
"revelações"  e... 



Rosanna Pavesi/Janeiro 2015