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Após a alegria ruidosa do Carnaval, senti necessidade de
um pouco de quietude...
Meu refugio, foi a poesia, foi Manoel de Barros...
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RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA
" A maior riqueza do homem é sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 da tarde,
que vai lá fora,que aponta lápis, que vê a uva, etc.etc.
Perdoai. Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas..."
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TRATADO GERAL DAS GRANDEZAS DO ÍNFIMO
"A poesia está guardada nas palavras -
é tudo que eu sei..."
"Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre o ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre
as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogio..."
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OS DESLIMITES DA PALAVRA
"Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do acaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas..."
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O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
" Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de informar.
(...) Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
(...) Só uso a palavra para compor meus silêncios..."
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Sonhei, voei, voltei...
Rosanna Pavesi/Fevereiro 2015