sábado, 21 de fevereiro de 2015

POESIA...

                                                                Sem título - Fonte;Web


Após a alegria ruidosa do Carnaval, senti necessidade de 
um pouco de quietude...

Meu refugio, foi a poesia, foi Manoel de Barros...


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RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA

" A maior riqueza do homem é sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 da tarde,
que vai lá fora,que aponta lápis, que vê a uva, etc.etc.
Perdoai. Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas..."


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TRATADO GERAL DAS GRANDEZAS DO ÍNFIMO

"A poesia está guardada nas palavras -
é tudo que eu sei..."

"Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre o ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre
as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogio..."


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OS DESLIMITES DA PALAVRA

"Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do acaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas..."


Sem título - Fonte: Web


O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS

" Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de informar.

(...) Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.

(...) Só uso a palavra para compor meus silêncios..."


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Sonhei, voei, voltei...

Rosanna Pavesi/Fevereiro 2015