Psi - by Rosan
COMO DESCREVER UM ANALISTA JUNGUIANO?
(Parte 2)
Continuação Resposta de Giegerich:
SE definirmos um "analista junguiano" na linha do
"eu mais Jung"
graças a um conjunto de determinadas convicções teóricas,
esta definição poderia ser chamada de descrição horizontal,
um movimento a partir de mim em direção ao outro.
Em contraste,
o movimento em direção àquilo que eu sou verdadeiramente,
o querer sem somente eu mesmo
é um movimento vertical,
um movimento da superfície em direção ao núcleo, à sua essência interior.
Penso que este compromisso com a verticalidade
que, quando não se limita, nem se fecha exclusivamente sobre si mesmo,
mas se oferece como forma de estar no mundo,
como caminho,
em relação a toda e qualquer coisa, todo e qualquer evento e/ou fenômeno que se apresente
é a marca distintiva do analista junguiano.
É um compromisso com a unicidade de cada fenômeno,
a "agoridade" da situação deste paciente específico hoje,
a "unicidade" de minha compreensão, minha resposta
àquilo que se apresenta aqui e agora...
(No lugar de conceitos universais - abstratos prontos,diagnósticos, imagens míticas
ou técnicas prontas...).
Por outro lado,
é um compromisso com algo que não salta à vista de imediato,
algo abaixo do nível dos fatos positivos,
um compromisso com a "alma" no real,
um compromisso com a vida lógica o "opus alquímico"
que permeia e perpassa tudo que se apresenta,
um compromisso com a profundidade histórica de cada momento presente.
Algo mais:
O analista junguiano encontra seu paciente olho no olho,
a um nível profundamente humano e pessoal,
mas seu foco psicológico - precisamente -
é dirigido não à pessoa, mas sim ao conceito..."
(W. Giegerich em "Living with Jung- 'Enterviews' with Jungian Analysta"
Vo. 3 - by R. & J. Henderson - Spring 2010).
O consultório como um "Labor Oratorium"...
Um espaço sagrado, um temenos
tanto para o terapeuta como para o cliente...
Um "vaso alquímico" para ambos...
Ambos serão transformados...
Rosanna Pavesi/março 2017
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