sexta-feira, 26 de julho de 2013

COMO LIDAR COM NOSSOS PRÓPRIOS SONHOS?




Presentes do Mar...


COMO LIDAR COM NOSSOS PRÓPRIOS SONHOS?

"... Em geral, não se deve interpretar os próprios sonhos...
Os sonhos costumam tocar nosso ponto cego.
Eles nunca nos dizem o que já sabemos, mas sim o que não sabemos.

Quando interpretam seus próprios sonhos, as pessoas tendem a dizer:
"Sim, eu sei o que isto quer dizer." Então projetam no sonho aquilo que já sabem.
Interpretar os próprios sonhos é muito diícil.
Por isso Jung recomendava aos analistas junguianos que procurassem colegas
para discutir sonhos.

A dificuldade em interpretar nossos próprios sonhos é que não podemos ver nossas próprias costas...
Se o mostrarmos para outra pessoa, ela poderá vê-las; nós não.
Os sonhos tocam as costas, aquilo que não se pode ver...

Pergunta: "Mas se é tão benéfico ver as próprias costas, porque a humanidade sempre teve "medo" do mundo dos sonhos?"

Resposta: Há boas razões para isso. O inconsciente pode devorar o ser humano.
O mundo dos sonhos é o que há de mais benéfico sobre a face da Terra
e observar os próprios sonhos é a coisa mais salutar que se pode fazer.
Enretanto, o mundo onírico pode também "devorar" uma pessoa que fique sonhando acordada,
tecendo fantasias neuróticas ou perseguindo idéias irreais o tempo todo...

O mundo onírico só é benéfico e terapêutico se estabelecermos um diálogo com ele,
sem, no entanto, abandonar a vida terrena, "real".
Não se pode esquecer de viver. A vida terrena não deve ser posta de lado.
No momento em que se começa a esquecer a vida terrena - o próprio corpo, a alimentação, o trabalho diário - o mundo dos sonhos pode tornar-se perigoso.
O mundo onírico só é positivo quando em diálogo vivo e equilibrado com uma vida realmente vivida."

(Fonte: O Caminho dos Sonhos, Marie-Louise von Franz em Conversa com Fraser  Boa - Cultrix, 1993)

Tenho por hábito manter um registro de meus sonhos. Dou um número, um título e a data.
Tenho dificuldade em lembrar de meus sonhos ao acordar mas, devo dizer que
os sonhos realmente "importantes", aqueles que mudaram minha vida,
sempre causaram um forte impacto ao acordar...
Me acompanham até hoje...
Não fazia nenhuma tentativa de interpretar...
Como um fio de Ariadne, permiti que eles me guiassem no Labirinto...
MAS, percebo hoje que só descobri que estava no Labirinto
depois que os sonhos me guiaram para fora dele...
Retrospectivamente...

Rosanna Pavesi/julho 2013





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