domingo, 18 de agosto de 2013

AJUDAR E SERVIR...


Psicologia (by Rosan)

AJUDAR E SERVIR...

AJUDAR

Ajudar é uma experiência de força...
Quando você ajuda, você usa, ou "empresta" sua própria força para ajudar alguém
que você considera mais fraco, ou frágil, do que você...
É, de certa forma, uma relação desequilibrada e as pessoas sentem isto.

Quando ajudo, mesmo sem me dar conta,
eu estou ao par de minha força e da fraqueza do outro.

Ajudar incorre frequentemente em débito.
Quando ajudo, tenho frequentemente um sentimento de satisfação própria,
que pode substituir um préstigio que posso não ter,
ou seja, isso faz bem a nosso próprio EGO...

SERVIR

É um sentimento de gratidão, é uma experiência de  mistério,
de rendição, entrega e reverência.
A partir dessa perspectiva, quando ajudo, sei que estou sendo um instrumento
de algo maior e me sinto a serviço desse algo maior,
ou de um valor essencial para mim mesma.

Quando você ajuda, você vê a fragilidade da vida...
Quando você conserta, você vê a vida de forma fragmentada...
Quando você serve, você enxerga a vida como um todo...

É uma forma de enxergar as coisas a partir de pontos de vista diferentes...
Consertar e ajudar são a base do remediar.
Servir é a sua base do cuidar da vida e do próximo...

Nós só podemos servir àquilo a quem estamos conectados e àquilo que desejamos "tocar"...
Nós servimos à vida não porque ela "está um pedaços" ou "quebrada",
mas sim porque ela é sagrada...

Podemos e devemos, sim, ajudar e consertar quando necessário,
mas, do meu ponto de vista, só a partir da perspectiva de servir...

Servir à vida
Servir à sua profissão, à sua vocação
Servir à sua comunidade, a seus semelhantes
Servir a seu compromisso social, de cidadão, a um ideal,
Servir àqueles que amamos...

 Ajudar, consertar sim,
mas sabendo-se sempre tão só um instrumento a serviço de algo maior.
Só assim, penso eu, sentiremos um sentimento de gratidão...
Só assim ajudar deixará de ser uma experiência de força egóica
para se tornar generosidade, escolha, protagonismo..

Rosanna Pavesi/Agosto 2013

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