domingo, 8 de setembro de 2013

AMAR... SOBRE JURAS E PROMESSAS...

Vamos Amigo... (by Rosan)


AMAR...
SOBRE JURAS E PROMESSAS...

Há momentos que redimem o existir...
E... estar apaixonado é um deles...

Os apaixonados perdem o sono, dançam na chuva e ouvem as estrelas...
A carícia é benção, o beijo é reza, e o sexo é comunhão...
O que está escrito, seria pecado negar, era o que tinha que ser...

O prometer apaixonado engana, mas não mente...
Considere o jovem apaixonado que jura amor eterno...
Estaria mentindo?
Quanto ao cumprimento efetivo do que foi prometido, só o tempo dirá...

Mas da integridade da intenção e do valor de verdade da promessa,
no momento em que é feita, como duvidar?

A lógica paradoxal do jurar apaixonado é flagrada por Shakespeare 
na peça dentro da peça encenada em Hamlet.
À promessa de amor e fidelidade eterna da rainha,
o rei implacável, replica:

Acredito sim que penses o que dizes agora;
Mas aquilo que decidimos, não raro violamos.
O propósito não passa de servo da memória,
De nascer violento mas fraca validade,
E que agora, como fruta verde, à arvore se agarra,
Mas quando amadurecida, despenca sem chacoalho.
Imprescindível é que não esqueçamos
De nos pagar a nós mesmos o que nós é devido.
Aquilo que a nós mesmos em paixão propomos,
A paixão cessando, o propósito está perdido...
(W. Shakespeare, Hamlet, Ato III, cena 2)

A paixão cessando, o propósito está perdido...
Se ficarmos juntos:

Vamos amigo, cantar o amor, a jura, o beijo...
...Mentir, ainda, o amor, a jura, o beijo...

A escolha é de cada um...

Rosanna Pavesi/setembro 2013

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